Mundo – A atriz e cantora francesa Brigitte Bardot morreu neste domingo (28) aos 91 anos, encerrando a trajetória de uma das figuras mais marcantes do cinema europeu do pós-guerra. A informação foi confirmada pela Fundação Brigitte Bardot, criada pela própria artista e dedicada à defesa dos direitos dos animais.

As causas da morte ainda não foram divulgadas. A artista estava afastada da vida pública há vários anos. Em outubro, Bardot chegou a ser internada em um hospital na cidade de Toulon, no sul da França, para tratamento de uma doença considerada grave.
Na ocasião, a família informou que ela havia passado por um procedimento cirúrgico de pequeno porte e que recebeu alta a aproximadamente três semanas depois, permanecendo em repouso em casa.
Vida e Carreira
Nascida em Paris, em 1934, Brigitte Bardot cresceu em uma família católica tradicional e iniciou sua formação artística ainda jovem como bailarina. Seu talento a levou ao Conservatório de Paris, ao mesmo tempo em que dava os primeiros passos como modelo.
Aos 15 anos, já estampava a capa da revista Elle, um sinal precoce da projeção internacional que conquistaria pouco depois.
O reconhecimento mundial veio em 1956, com o filme “E Deus Criou a Mulher”, dirigido por Roger Vadim, então seu marido. A produção transformou Bardot em um símbolo sexual das décadas de 1950 e 1960, consolidando sua imagem como um dos maiores ícones femininos do cinema da época.
Ao longo da carreira, participou de mais de 45 filmes e gravou aproximadamente 70 músicas, tornando-se também uma cantora popular na França.
Conhecida pelas iniciais BB, Bardot marcou gerações com seu magnetismo, estilo de vida livre e forte influência na moda e na cultura pop. Seus cabelos loiros, o visual despojado e a atitude ousada inspiraram atrizes, modelos e artistas ao redor do mundo.
Filmes como “O Desprezo” (1963), “Viva Maria!” (1965) e “La Vérité” (1960) estão entre os mais lembrados de sua filmografia.
No início da década de 1970, surpreendeu o público ao anunciar sua aposentadoria definitiva do cinema, aos 39 anos. A partir de então, passou a se dedicar integralmente à militância em defesa dos animais, causa que se tornou sua principal bandeira até o fim da vida.
Estabelecida na região de Saint-Tropez, no sul da França, levou uma vida reclusa, com raras aparições públicas.
Apesar do legado artístico, Bardot também dividiu opiniões ao longo da vida por declarações polêmicas e envolvimento em debates políticos, o que resultou em condenações judiciais na França.
Ainda assim, sua importância histórica para o cinema e para a cultura do século XX permanece incontestável.
*FONTE: PORTAL TUCUMÃ
